História dos Doces

A culinária é a arte de cozinhar ou confeccionar alimentos e foi evoluindo de acordo com a história da humanidade e possui características diferentes em cada cultura. A culinária reflete os costumes de um povo e também se reflete em outros aspectos culturais como as religiões e a política. Não somente os alimentos, mas também os utensílios e as técnicas utilizados culinária fazem parte de um acervo cultural particular.De acordo com as mudanças comportamentais da humanidade, e com o advento da sociedade industrializada, com as pessoas trabalhando longe de casa e sem tempo para cozinhar e fazer suas refeições, surgiu a necessidade da comida rápida – ou fast food. Em contrapartida, com as mudanças nos costumes alimentares das pessoas também surgiram novas regras, e até mesmo leis, para a regulamentação da produção e venda de alimentos da sociedade industrializada.Existem outras áreas subdivididas da culinária que se ocupam de desenvolver novas técnicas de preparo e estudar a fundo as funções dos alimentos.São elas a nutrição,a dietética e a gastronomia.


Bolo Souza Leão: 



O nome do bolo vem da família pernambucana Souza Leão, que teria sido a criadora da receita no século XIX. Essa família tem suas raízes nos municípios de Jaboatão dos Guararapes e Moreno. Tradicionalmente, o Bolo Souza Leão é servido em ocasiões especiais, tendo-se apuro não só na escolha dos ingredientes e no preparo, como também no esmero em servi-lo.

O costume é apresentar a iguaria em louças e porcelanas finas, com utensílios de prata e cristal. Contam que ele foi servido ao imperador Dom Pedro II e à sua esposa Tereza Cristina em 1859, quando passaram pelo estado de Pernambuco.Devido à expansão dos ramos da família Souza Leão ao longo do tempo, muitas variações da receita são disputadas como sendo as melhores e originais. Essas variações se constituem na alteração das quantidades dos ingredientes principais ou no acréscimo de especiarias, como canela, erva-doce, e castanha-de-caju.

O doce tem lugar de destaque na culinária nordestina e traz referências do passado e do presente, frutos de heranças culturais diversas – portuguesa, hispânica, africana, ameríndia. A história nos mostra que a presença de doces é marcante na alimentação do brasileiro. Nos engenhos, as prendadas senhoras da casa-grande trouxeram de Portugal uma vasta experiência no preparo dessas guloseimas, muitas originárias das cozinhas dos conventos, que passaram a compor a doçaria tradicional portuguesa. Na terra colonizada, foram feitas adaptações ou acréscimos em suas receitas com os ingredientes locais disponíveis, sem comprometer o sabor.

Segundo pesquisadores, o Bolo Souza Leão entrou na história da culinária pernambucana por intermédio de Dona Rita de Cássia Souza Leão Bezerra Cavalcanti, esposa do coronel Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti, proprietário do engenho São Bartolomeu, povoado de Muribeca, município de Jaboatão dos Guararapes. De Dona Rita, renomada quituteira da época, tem-se conhecimento de que muitas de suas receitas ficaram famosas, como a do Bolo São Bartolomeu e o Bolo Souza Leão. Alguns ingredientes do Souza Leão, originalmente europeus, foram substituídos: o trigo pela massa de mandioca e a manteiga francesa, por manteiga feita na cozinha do engenho. O sucesso ficou garantido até a atualidade e é considerado o mais aristocrático bolo nordestino.
[fonte:Revista Escola]

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Toca o sinal. Fim da aula. Na porta da escola você passa pela banquinha de doces. E lá está o seu preferido: o chiclete. Que tentação! Você vai ao cinema. Na lanchonete escolhe pipoca, refrigerante e... chiclete. Em embalagens chamativas, de várias formas, cores e sabores. Também chamado de goma de mascar, o chiclete é campeão de vendas no Brasil: são cerca de 18 milhões deles vendidos por dia. Você imagina do que é feito o chiclete? Aliás, você já se perguntou como, quando e onde surgiu o chiclete?
 
Resina do Mástiche Ele é bem, bem mais velho do que se pensa. Alguns estudiosos, fazendo pesquisas em lugares onde viveram povos antigos, descobriram que eles mascavam uma espécie de resina, substância pegajosa que retiravam das árvores. Os gregos já faziam isso há aproximadamente 2.500 anos. Eles extraíam a resina de uma árvore que denominavam Mástiche (Pistacialentiscus) e mascavam porque acreditavam que a substância podia curar certas doenças. Essa resina também foi popular entre as crianças romanas. Em territórios islâmicos, na Idade Média, a resina era privilégio dos sultões, que a utilizavam para manter o hálito fresco ou como cosmético.
Mais ou menos na mesma época que os gregos, os maias, habitantes do sul do que hoje conhecemos como México, retiravam seu chiclete do látex de uma árvore que chamavam Sapota (Manilkara zapota), no Brasil conhecida como sapotizeiro. Eles chamavam a goma feita com esse látex de chicle e mascavam para aumentar a produção de saliva e, como os sultões islâmicos, manter a sensação de frescor na boca, o que era muito útil em longas caminhadas.
                                                 
[Foto:Árvore de Sapota]

 Foi um descendente daquela região, o mexicano Antonio López de Santa Anna, que apresentou o chicle ao americano inventor do chiclete como conhecemos hoje.Em 1870, o costume de Antonio de mascar o chicle chamou atenção de Thomas Adams Jr., seu vizinho nos Estados Unidos.Thomas gostava de inventar coisas e tentou usar o látex do Sapoti para fazer máscaras, botes infláveis e pneus de automóveis,mas todas as suas tentativas falharam. Um dia Thomas foi à farmácia e viu uma menina comprando goma de parafina para mascar. Ele imaginou que as gomas que seu vizinho Antonio usava eram melhores que aquela de parafina, pois eram mais macias. Então ele teve a ideia: por que não fabricar barrinhas de látex de Sapoti? Voltou para sua casa e começou a preparar o que seria seu primeiro chiclete. Fez uma grande massa de chicle e cortou em pequenos pedaços. Depois levou sua invenção para vender naquela mesma farmácia. E vendeu tudo rapidinho...
A partir daquele ano, 1872, a produção do senhor Adams não parou de crescer. Aos poucos seus chicletes foram ganhando a aparência que conhecemos hoje: ele foi acrescentando sabor, fazendo em novos formatos, embalando em papéis coloridos. Mas o chiclete ainda continuava sendo feito do látex do sapotizeiro.

Somente a partir da metade do século XX, o chiclete deixou de ser parecido com aquele que o senhor Antonio López mascava. Isto porque, com o avanço da indústria e da tecnologia, foi possível desenvolver borrachas sintéticas - feitas em laboratórios e não mais extraídas das árvores -, para substituir o chicle. Foi nesta época que começou a ser produzido chiclete também aqui, no Brasil. E logo virou mania entre os brasileiros. Alguns passaram a amar. Outros a odiar. E reclamar. Principalmente pais e dentistas.


[fonte:A origem do doce quase sem fim,imagem site Bricabrac]


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 História do Bolo de Rolo

O bolo de rolo, iguaria oriunda dos portugueses, foi introduzida no Brasil unicamente pelo Estado de Pernambuco. O verdadeiro bolo de rolo, muitas vezes comparados a outros tipos de "Bolos Enrolados" como Rocambole, bolo de goiaba, entre outros, tem uma receita e forma única de ser feito.


Sua origem está na adaptação do bolo português "colchão de noiva", uma espécie de pão de ló enrolado com recheio de nozes. Ao chegarem aqui, os portugueses passaram a trocar o recheio pela goiaba, fruta abundante no nordeste brasileiro, sempre dosada com muito açúcar dos engenhos da região. Até hoje é comum polvilhar-se o bolo de rolo com açúcar em sua camada externa, arrematando a apresentação da sobremesa.Durante muitos anos esse bolo ficou restrito aos senhores de engenho, e posteriormente aos governadores de Pernambuco, se tornando popular.


Era servido como sobremesa ou lanche. Um visitante ilustre não poderia sair de uma casa, sem degustar uma fatia de bolo-de-rolo. Dessa maneira, foi sendo utilizado como forma de estreitar os laços de amizades, como forma de agradecimento, como presente e até para "amolecer corações". Até o papa João Paulo II, quando da visita ao Recife, em 1980, provou uma fatia.




Passando a ser cada vez mais conhecido e divulgado, o bolo-de-rolo ganhou fama e começou a ser feito em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro, embora o original de Pernambuco guarde características diferentes tanto no sabor como na maneira de fazer. Turistas e até pessoas de outros estados, "encomendam" o doce a algum amigo ou parente quando têm oportunidade.


Pela Lei Ordinária Nº 379/2007 o bolo-de-rolo foi reconhecido como patrimônio imaterial de Pernambuco.



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História da Rapadura
Famosa entre os nordestinos, a rapadura é para muitos a sobremesa preferida depois do almoço. O que muita gente não sabe, é que essa iguaria não foi criada no Brasil. Isso mesmo! A rapadura surgiu nas Ilhas Canárias, em um arquipélago espanhol, no século XVl. Logo depois, no século XVll, foi exportada para as Américas.

A rapadura foi criada a partir da raspagem das camadas de açúcar que ficavam presas às paredes dos tachos utilizados para fabricação de açúcar, então, era aquecida e colocada em formas semelhante às de tijolos. Uma solução prática de transporte de alimento em pequena quantidade para uso individual, que resistia durante meses às mudanças atmosféricas.

Quando a rapadura chegou ao Brasil:

Chegou ao Brasil em 1532 e servia de alimento para os escravos por possuir muitos nutrientes. Nesta época, ainda não era fabricada para fins comerciais. Logo depois, se deu início à produção da rapadura nos primeiros engenhos de cana-de-açúcar, que eram pequenos e muito simples, com moendas de madeira movidas a água ou por cavalos e bois.
Benefícios da rapadura:

Alimento 100% natural, a rapadura possui alto teor nutritivo, rica em ferro, cálcio, fósforo, sódio e potássio. Muito indicada na prevenção de anemias e até osteoporose. Possui também vitaminas do complexo B, Tiamina, Riboflavina e Niacina, que atuam na defesa do sistema nervoso, evitando irritação e até depressão.

Adoçante natural:

Por ser extraída da cana-de-açúcar, a rapadura pode ser utilizada como adoçante natural para adoçar café, leite, coalhada, entre outros. É muito consumida com farinha, mungunzá, carne de sol, paçoca, cuscuz, milho cozido, pratos tipicamente nordestinos.
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 História dos doces mais conhecidos pelas crianças


Marzipã:

Feita com uma mistura simples de açúcar e farinha de amêndoas, o Marzipã surgiu no império Persa (500 AC) e até hoje é bastante popular na Europa, já que sua consistência permite criar doces em qualquer formato, podendo até ser utilizados como ornamento.






Chiclete: 
Algumas Gomas de Mascar foram datadas a 5000 anos atrás, no período Neolítico, mas eram derivadas de couro e gordura animal e não deviam ser nada apetitosas. Já os Aztecas utilizavam a essência de uma árvore chamada Chicle para criar uma goma de sabor refrescante, basicamente a mesma finalidade de hoje! Gregos antigos também gostavam de mascar gomas, assim como os Índios Americanos e só em 1848 apareceu o primeiro chiclete comercial.Existe uma lenda de que se você engolir um chiclé, ele ficará em seu estômago por 7 anos. É verdade que não conseguimos digerir essas gomas, porém é muito improvável que ele vá ficar paradinho no estômago.


Alfajor:

Essa delícia é muito conhecida em países de língua espanhola, incluindo nossos vizinhos Argentina e Uruguai, mas é de origem Árabe, que levaram a receita com eles quando invadiram a Espanha no ano 712. Curiosamente esse doce caiu em cheio no paladar dos espanhóis que o espalharam pelo mundo todo.Eles possuem regras bem restritas de produção, usando apenas ingredientes puros e devem ser sempre feitos com o formato característico.


Sorvete:

A milhares de anos já era comum colocar coberturas  feitas com concentrados de frutas em cima de neve ou gelo raspado, em lugares como Pérsia e China, porém isso não é exatamente sorvete. Os Árabes foram os primeiros a utilizarem leite  na produção de doces gelados que se aproximavam mais do que conhecemos como sorvete hoje em dia e os Chineses também desenvolveram receitas melhores, que acabaram ensinando a Marco Polo, que levou-as para a Itália.A primeira receita de um sorvete “moderno” foi publicada em 1718, em um livro de receitas escrito em Londres. A técnica evoluiu rapidamente a partir daí, criando estilos diferentes, como o Americano e o Italiano.

Algodão Doce:

O caçula entre os doces, criado apenas em 1900, devido ao custo alto que o açúcar refinado tinha na época, é feito com um processo mecanizado que derrete o açúcar, já colorido, e usa força centrífuga para criar os fios que formam os fofinhos algodões.

                                                         


               

Pirulito:
Existem registros de que açúcar endurecido era degustado com a ajuda de palitos na Idade Média. Esse seria o avô do pirulito, cuja invenção é contestada por diversas empresas, especialmente nos EUA. Relatos dizem que ele teria sido inventado na Guerra Civil Americana, outros de que ele já existiria desde 1800 como o conhecemos. Seja como for, sempre foram deliciosos.


Marshmallow:

Originalmente Marshmallows era utilizado como algo medicinal, mas não era nada parecido com o que temos hoje. Existe um arbusto, utilizado desde os antigos Egípcios, chamado Marshmallow, cujo extrato misturado com suas sementes era utilizado para cozinhar um doce bem macio, que além de tudo era saudável. Nos dias atuais a planta foi deixada de lado, substituída por gelatina e ovos no século 19.

Brigadeiro:
O brigadeiro é estrela das festas de aniversário e primeira opção quando resolvemos “comer algo doce” em casa, é uma invenção brasileira.Inicialmente chamado de negrinho é chamado assim até hoje pelos gaúchos estima-se que foi inventado na década de 20 ou 30 em São Paulo.Quanto ao nome brigadeiro, a sabedoria popular conta que ele foi batizado assim em 1945, durante uma campanha eleitoral.  

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